sexta-feira, abril 09, 2010

numa fria.

Sabe sininho, você já não brilha mais pra mim. O ar doce, e aconchegante já não existe mais, já não me pertence mais. Eu poderia simplesmente sorrir pra você, como fiz algumas outras vezes, simplesmente poderia te olhar e aceitar tudo; ou nada. Eu andaria de cabeça erguida, buscando um caminho na qual encontraria o que a acompanha. Seguiria as pedrinhas de cristais e você estaria sempre lá, ao meu lado, brilhando pra mim, sorrindo pra mim, cantando pra mim. Costumava levantar, ainda com sono, planejar meu dia, minha noite. Ia a caminho da mesa do café sorrindo por dentro, mesmo que o sono me consumisse. A ansiedade me dominava e isso não era algo ruim naquele momento. Costumava ser uma ansiedade boa, um nervoso bom; as mãos tremiam de vontade de chegar o momento, seja lá qual fosse ele. Sempre arrumada, com os amigos, maquina na mão, e milhares de fotos. Brilho nos olhos, graça no sorriso, sempre esperando pelo sábado seguinte, pela segunda, quinta; não importava o dia. Eu sempre estava lá, de pé.
Um dia então sininho, acordei, olhei pra você e não vi seu charme chamando minha atenção. Você ainda brilhava, mas sem tanta intensidade, sem me motivar. Aquela estradinha de cristal foi se alongando e eu já não a enxergava no meio de tanto vazio e escuridão. Minhas noites até então eram luminosas, e naquele instante se tornava meu pesadelo. Minha mão tremula já não indica vontade de seguir aquelas pedrinhas de cristal naquele imenso caminho. Já não consigo planejar meu futuro, pois não consigo acreditar que ele possa existir. Ainda me arrumo, me olho no espelho e tento tirar algumas fotos. E o que vejo naquelas imagens é absolutamente nada. Já não há os amigos sorrindo ao lado, não há você, sininho, ao meu lado. Você já não me encoraja, já não canta pra mim. Percebo que a cada dia que passa você vai se apagando aos poucos. Tenho medo do dia em que apagar por completo. Como será não ter você? Como será não ter mais as pedrinhas cristalinas, as borboletas ao meu redor, o beija-flor misterioso, minhas flores de lótus, meu rosa, meu amarelo, e não ter mais, sininho, o que ainda me deixa de pé?
É estranho ver e presenciar as mudanças. Ver pode ser ate aceitável, mas presenciar, terrível. Costumava ser tudo tão fácil e tão difícil. Costuma ser taaaaoooo difícil. Já não enxergo as borboletas sininho; isso talvez seja um sinal. Um sinal de que tudo vai se perder. Um sinal de que posso perder tudo. Estou recorrendo ao inevitável nesses momentos. Ainda espero poder vela brilhar novamente. Não quero que se apague. Quero estar com você por mais um tempo. Quero seguir com você por mais um bom tempo por aquela estrada. Aquela estrada com flores de Lótus, borboletas, cores e tudo o que acho que tenho direito.

5 comentários:

Luiza Paulino disse...

Gostei muito Gabi.Nao sei o que são todas essas mudanças, mas tudo tem um sentido, um 'pra que'.Quem sabe as pedrinhas mudaram de direção, e a unica coisa que falta é você achar esse novo caminho?

Luiza Paulino disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mancha disse...

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

Unknown disse...

You'll Never Walk Alone♥
NUNCA SE ESQUEÇA DISSOO...

Limao =] disse...

gostei muito do texto como ai encima disse bove nunca anda sozinha as mudanças sao inevitaveis(assim que se escreve?) porem naum quer dizer que sao ruims voce so presisa olhar de uma maneira diferenciada