quinta-feira, abril 29, 2010

interesses.

Tenho esperado por muito nos últimos tempos. Tenho esperado por você, por ele, por ela, e por mais ele. Tenho esperado por muitos, e muitas.
Essa espera já esta acabando comigo. Permanecer sozinha, sentada e escrevendo já se torna uma solidão insuportável, difícil de conviver. Acordo pensando em voce, nele, nela e mais nele. Volto a me deitar pensando neles, naqueles que podem ser meus um dia.
Cada vez que me levanto e vou ate você, ate ele, ela e mais ele; me perco mais. Sinto que caminho em vão, pois sempre encontro algo que me mostre o contrario do que espero de vocês. Nunca acho o que quero em cada um daqueles, sempre penso em cada um deles, e essa confusão que acontece esta me tornando cada vez mais insegura, e incerta de mim. Gostaria tanto que um correspondece as minhas espectativas. Que caminhasse ate a mim. Gostaria que fosse você. Desejaria que fosse ele. Esperaria que fosse ela, e vibraria de fosse mais ele.

quinta-feira, abril 15, 2010

Bleed

Como é bom sangrar. Descarrego tanta coisa ao ver o sangue escorrendo sobre mim. Procuro a cada dia que passa me ocupar mais de afazeres, e manter ainda mais minha proximidade das pessoas que gosto. Ainda me sinto sozinha. Mesmo que tenha centenas de pessoas ao meu redor ainda assim insisto a me excluir de alguma forma. Sei que devo acreditar mais em mim, e enxergar que o hoje de muitos é bem pior que o meu agora. É bem complicado tentar manter o equilíbrio mesmo sabendo que nada passa de uma ilusão, de uma paranóia.
Na situação que eu e milhares de pessoas nos encontramos, simplesmente escutar não é o suficiente. Sinto medo de tudo e nada. Não vejo mais o encanto nas grandes nem nas pequenas coisas. O mundo já se tornou pequeno pra mim. Não e nenhum capricho, nenhum mimo. É um quadro. Um quadro já escrito, que não há mais espaço algum pra se escrever. Já chegou ao final e mesmo que apague para recomeçar ele já se encontra borrado e nada mais o clareia.
Tento sentir o sol. Tento sentir o frio. Mas o que sinto de verdade é a dor. Uma dor que não tem motivo algum para existir, mas existe. Não é algo que desejei pra mim, não é algo que desejo pra ninguém. Machuco-me de propósito às vezes pra descarregar tanto peso inexistente. Tento sorrir, mas isso acontece de cabeça baixa. Ando por ai como qualquer outra pessoa. Vou ao colégio, fofoco com as amigas, tenho meus afazeres, tenho pai ausente, mãe dependente, e avós maravilhosos. Tenho irmãos, tenho cachorros. Tenho uma vida. Tenho muito. TENHO NADA.

sexta-feira, abril 09, 2010

numa fria.

Sabe sininho, você já não brilha mais pra mim. O ar doce, e aconchegante já não existe mais, já não me pertence mais. Eu poderia simplesmente sorrir pra você, como fiz algumas outras vezes, simplesmente poderia te olhar e aceitar tudo; ou nada. Eu andaria de cabeça erguida, buscando um caminho na qual encontraria o que a acompanha. Seguiria as pedrinhas de cristais e você estaria sempre lá, ao meu lado, brilhando pra mim, sorrindo pra mim, cantando pra mim. Costumava levantar, ainda com sono, planejar meu dia, minha noite. Ia a caminho da mesa do café sorrindo por dentro, mesmo que o sono me consumisse. A ansiedade me dominava e isso não era algo ruim naquele momento. Costumava ser uma ansiedade boa, um nervoso bom; as mãos tremiam de vontade de chegar o momento, seja lá qual fosse ele. Sempre arrumada, com os amigos, maquina na mão, e milhares de fotos. Brilho nos olhos, graça no sorriso, sempre esperando pelo sábado seguinte, pela segunda, quinta; não importava o dia. Eu sempre estava lá, de pé.
Um dia então sininho, acordei, olhei pra você e não vi seu charme chamando minha atenção. Você ainda brilhava, mas sem tanta intensidade, sem me motivar. Aquela estradinha de cristal foi se alongando e eu já não a enxergava no meio de tanto vazio e escuridão. Minhas noites até então eram luminosas, e naquele instante se tornava meu pesadelo. Minha mão tremula já não indica vontade de seguir aquelas pedrinhas de cristal naquele imenso caminho. Já não consigo planejar meu futuro, pois não consigo acreditar que ele possa existir. Ainda me arrumo, me olho no espelho e tento tirar algumas fotos. E o que vejo naquelas imagens é absolutamente nada. Já não há os amigos sorrindo ao lado, não há você, sininho, ao meu lado. Você já não me encoraja, já não canta pra mim. Percebo que a cada dia que passa você vai se apagando aos poucos. Tenho medo do dia em que apagar por completo. Como será não ter você? Como será não ter mais as pedrinhas cristalinas, as borboletas ao meu redor, o beija-flor misterioso, minhas flores de lótus, meu rosa, meu amarelo, e não ter mais, sininho, o que ainda me deixa de pé?
É estranho ver e presenciar as mudanças. Ver pode ser ate aceitável, mas presenciar, terrível. Costumava ser tudo tão fácil e tão difícil. Costuma ser taaaaoooo difícil. Já não enxergo as borboletas sininho; isso talvez seja um sinal. Um sinal de que tudo vai se perder. Um sinal de que posso perder tudo. Estou recorrendo ao inevitável nesses momentos. Ainda espero poder vela brilhar novamente. Não quero que se apague. Quero estar com você por mais um tempo. Quero seguir com você por mais um bom tempo por aquela estrada. Aquela estrada com flores de Lótus, borboletas, cores e tudo o que acho que tenho direito.

segunda-feira, abril 05, 2010

De pé? No chão.

Seguir em frente.
É desse modo que enfrentamos nossos medos. É dessa maneira que conseguirmos sorrir mesmo que um problema pareça não ter fim. Essa força é nós lutando por nós. É o movimento salvando o ritmo. Uma motivação; algo que nos faz levantar a cabeça.

Não encontro meu ritmo e meu movimento já não têm gingando. Minha força se torna fraqueza, e o EU já não se torna nada.
Apesar da força não mais existir, a fraqueza ainda existe.
Embora pareça derrota, esse nada é o que ainda me mantém viva.
Essa fraqueza me torna covarde, e é essa covardia que me mantém acordada.
Para alguns covardia é sinônimo de fracasso. Pra mim é sinônimo de esperança.
Esperança é sinônimo de força. Força sinônimo de Luta.
Luta somos nós; vencendo.